Guinness Book reconhece cão português como o mais velho da história

Por Portal Opinião Pública 16/02/2023 - 10:53 hs
Foto: Instagram / Reprodução
Guinness Book reconhece cão português como o mais velho da história
Bobi, o cachorro mais velho da história segundo o Guinness Book, já possui 30 anos

Há cerca de um mês, o Guinness Book – Livro dos Recordes – havia publicado, em sua conta oficial no Instagram, uma publicação em que reconhecia um cachorro da raça chihuahua chamado Spike como o mais velho do mundo, com 23 anos e 43 dias. O animal, que vive no estado de Ohio, nos Estados Unidos, entretanto, acabou de perder o posto. De acordo com o livro, o novo recorde pertence a um cão chamado Bobi, que vive em Portugal.

Segundo o Guinness Book, Bobi, que é da raça Rafeiro do Alentejo, completou 30 anos e 266 dias no dia 1º de fevereiro, quando foi reconhecido não apenas como o cão mais velho vivo, mas também como o cachorro mais velho da história. O animal vive na vila de Coqueiros, na cidade de Leiria, em Portugal, em uma propriedade agrícola, e superou o recorde de Bluey, um pastor australiano que viveu 29 anos e cinco meses e que morreu em novembro de 1939, de acordo com o Guinness.

Conforme a publicação do Livro dos Recordes, Bobi foi registrado no Serviço Médico - Veterinário do Município de Leiria em maio de 1992. Além disso, sua idade atual foi confirmada após checagem em um serviço de banco de dados do governo português administrado pelo Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários do país.

De acordo com o tutor de Bobi, Leonel Costa - que tinha oito anos quando o cãozinho nasceu - seu pai era um caçador e por esse motivo sempre teve muitos cães. Entretanto, a permanência de Bobi na família acabou sendo um golpe de sorte. Segundo lembra Leonel, por ter muitos animais na propriedade, geralmente seu pai não ficava com os filhotes recém-nascidos.

“Infelizmente, naquela época era considerado normal pelos mais velhos que não poderiam ter mais animais em casa (...) enterrar os animais em um buraco para que não sobrevivessem”, disse o português, confirmando que isso aconteceu com os três irmãos de Bobi. Entretanto, o pequeno filhote acabou sendo deixado para trás, após não ser visto em meio a uma pilha de madeiras.

Leonel contou ainda que essa prática não era aplicada a animais que já tivessem aberto seus olhos, cerca de duas semanas após seu nascimento. Por isso, ele e seus irmãos não contaram aos pais que Bobi havia sido deixado para trás, ao descobrirem o filhote. Somente depois que o cãozinho abriu os olhos que ele foi apresentado e adotado pela família.

O tutor do cão mais velho do mundo também acredita que o motivo para que ele tenha vivido tanto é o ambiente “calmo e de paz” onde ele vive, “longe das cidades”. Ele também descreve o animal como “calmo e sociável” e afirma que Bobi sempre se deu bem com os outros bichinhos que vivem na propriedade.

Além disso, Leonel pontuou que Bobi sempre teve uma vida sem problemas médicos, a não ser por um episódio em 2018, quando ele precisou ser levado às pressas a um veterinário ao desmaiar apresentando um quadro de dificuldade para respirar. O pet também se alimenta com os mesmos alimentos ingeridos pelos donos. Entretanto, a comida oferecida a ele não possui os mesmos temperos. Ainda segundo seu tutor, Bobi ingere cerca de um litro de água por dia.

De acordo com o Guinness Book, os cães da raça Rafeiro do Alentejo vivem, em média, entre 12 e 14 anos.